segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Recordando Rob
(pintura de Rob Gonsalves-Stepping stones)
De repente,
dos sonhos restam apenas
ténues desejos...
das vontades fica só
um resíduo contaminado
pelos muros que nos tolhem.
De repente, tudo é sombra
e o horizonte fica mais além...
Até que vamos mais
fundo, cá dentro, revolvemos as
entranhas e buscamos
um qualquer sentimento visceral
que nos traga de novo algo
para além da angústia...
qualquer coisa que nos arranque
a esta espiral descendente,
da confusão do que somos
depois dos tropeções e das
dúvidas que teimam em nos ferir.
Quando já nada é claro
tudo se torna incerto
...é neste deserto que me perco...
Candam, 9 Setembro 2007
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11 comentários:
Até nos desertos
há vida
É só procurar
Olhar as estrelas
seguir caminho
parar no deserto
é morte pela certa
as miragens atormentam
o espírito
e às vezes não deixam
que se veja o´´asis que está ali
tão perto.
Um beijo
Custa dar a volta ao quer que seja, mas nada impossivel.
Gostei!
Beijocas
Nos desertos também existem oásis.
beijos
nem são as pedras...
... no deserto dos outonos pisam-se as folhas secas e a neblina ofusca o percurso.
os ciclos são assim, há que aceitá-los e atravessá-los, até que floresçam de novo as vontades.
como me compreendeis...obrigada por isso ;-))
Muito bem!
Lamento dizer-te que se o teu sofrimento faz tão belos poemas, não te importes de sofrer pois sofres por uma causa maior.
Parabéns!
Às vezes se perder é saudável! :)
Parece uma fotografia minha, em palavras.....
Quem tem tantos amigos não tem o direito de sofrer...
Ah! Cumprimentos ao António.
Zé Manel, quero que saibas que os teus cumprimentos têm sido entregues ao António ;-)
obrigada pela tua opinião favorável, mas a escrita só me sai quando assim assim, meia down...
Wind: espero sinceramente que tenhas encontrado o teu oásis, neste deserto de incertezas;-) beijo grande
Gi, tenho de te mandar um mail, tenho saudades tuas, espero que tenhas vindo a aproveitar a tua veia de escritora e nos brindes brevemente com mais belos poemas;-) "aquele" beijo ;-))
Faty: a tua força, fortalece (perdoa-me o pleonasmo) qualquer um; obrigada, amiga!!beijos mil ;-)
Elipse: mais palavras para quê? tu lês-me como um livro aberto...
LB, tenho de te visitar, devo ter um monte de faltas a vermelho.Um abraço grande!!!
Thiago, eu sei que por vezes, perdermo-nos, significa encontrar outra parte de nós e, embora por vezes seja assustador, na maior parte das vezes é reconfortante.beijos ;-))
Patioba, ma cherie; não imaginas as saudades que tenho das nossas trocas de palavras, de verdade que as sinto e interrogo-me como é possível ter saudades de alguém que não conhecemos...mas tem-me acontecido com mais frequência que o habitual.Beijocas gordas!!!
Há coisas estranhas na vida..... aprendi a aceitar isso.... Não que consiga viver com todas elas, mas isso já são outras histórias de nevoeiros, sombras e também, aqui e ali, um fantástico brilhar de sol.....
Beijocas também!
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